A sombra segue o curso das estações,
sem ter percebido inverno ou primavera.
Acompanha-me, fazendo-me companhia,
na absurda e infinita realidade, que inspira
toda a existência do hálito, da transpiração.
É a vida que em si começa e se encerra.
Fim e início de uma longa espera,
ora floresta, ora pântano, às vezes,
deserto.
São os passos desencontrados de todos
os sentimentos mascarados e universais.
São meus dedos tocando tua boca
de palavras vazias e sofrimento.
É o longo olhar que ninguém entende
e, que mesmo assim, não se rende.
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