Quando o medo vier...
Altiva o olhar, num sereno face-a-face
Mantém o porte, recusando vassalagem
Que se neguem teus braços a um qualquer enlace
Deixa que se vá, cedendo-lhe a passagem...
Quando o medo vier...
Que não espere de ti suprema rendição
Nem o fortaleças dando-lhe protagonismo
Que não te absorva a sua escuridão
Nem tombes nas sombras do seu abismo.
Não chores sobre as trevas dos seus escombros
Sacode a cinza pesada dos ombros
Faz-te guerreira, empunhando a espada.
Fere-o de morte com investidas de glória
resplandecente de luz, gritarás vitória
E do medo restará, apenas nada.
Dulce Gomes
Dulce Gomes
© Todos os direitos reservados
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