Grão de nada, perdido
em terra com gente
em busca permanente
de seara lavrada! Esquecido,
ando à deriva em mar de tormenta,
por vida triste e descontente
agitada por mentira violenta!
Grão de areia, enterrado
no árido deserto da solidão!
Perdido no meio da multidão,
procuro no Oásis mirado,
a fonte que corre ao fundo!
Linda visão! Que sendo pura Ilusão,
me deixa sedento no mundo!
Minúscula gota que se agita
em oceano de dor galáctica!
Perdida na imensidão da Antártida,
buscando O iceberg, onde minha dor, Aflita,
sossegue sobre o mastodonte que flutua!
Espero, com este esforço e esta prática,
chegar ao cimo da Verdade, nua e crua!
Restos de naufrágio à deriva,
em chão de mar picado
por águas revoltas, salgado
por lágrimas de Dor viva!
E nele, afogo minha Mágoa e afundo
minha esperança! Naufragado,
grito por Amor. Socorro! Estou só no mundo!
angelino
santos silva
11/05/2010
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