Tempos...
Dei tempo pra que o tempo pudesse
Me dar tempo para me conduzir
Dei tempo para que caso eu quisesse
Me refazer ao invés do me reduzir.
Gritei aos amores que eu estava despoetizado
Queria me sentir um pouco mais superficial
Como são as propagandas de um comercial
Alguns me olhavam e falavam: Irado! Irado!
E por mais que eu não seja o melhor produto
Ainda sim joguei meus valores pro alto
Quem me via, não me achava tão barato
Porém realmente, eu não seja'sim tão enxuto.
Ora, de vez em quando um faz de conta
Na realidade, faz histórias tão reais
Que a vida dá chances para certas mentiras
Eu não sou feito com tecnologia de ponta
Mas sacrifico coisas para os meus ideais
A burocracia nunca se importou com minhas iras.
Eu ainda tenho esse slogan freudiano pro mundo
Mas eu me vejo mais como um relógio que pensa
Estou sempre me atentando para a relatividade geral.
Eu amo, e amor por mais que seja piegas e profundo
É característica minha, inflamável e intensa
Eu também penso e ando hereto, mas amo, eu, divino animal.
Joguei uma pedra para o alto de forma que caisse na minha cabeça, e aproveitei esse tempo para fazer o que a pedra não faz, que era me machucar!Guarulhos-SP
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele