Teus fins, não são os meus fins!
Teus meios, não são os meus meios!
Teus afins, não são os meus afins,
Teus anseios, não são os meus anseios!
Não sei por qual mistério, nossos caminhos se cruzaram,
Imaginei eu, que se convergiriam lá no infinito.
Entretanto rumos diferentes eles tomaram e se perderam.
Pergunto-me: Serei eu o maldito? Tu vestes a túnica de um bendito!
Misterioso são os nossos dias, vá entende-los!
Quando pensei ter encontrado um amigo,
Quando supus não estar só, que foram atendidos meus apelos,
Olha-me outra vez à mercê das intempéries e sem abrigo!
Anseios meus se tornam mais fortes na busca de explicações,
Clamo por saber e entender e só ouço o eco como respostas.
Meu olhar vai do horizonte ao infinito e lá me perco em emoções,
Então quedo os meus olhos ao chão e só vejo folhas mortas.
Quantos antes de mim, já fizeram a mesma caminhada,
Gritaram como eu grito e desanimados foram às lágrimas?
É lamentável porque nem todos foram fortes e pereceram na estrada,
Fazer da vida uma razão, fazer da razão um sentido é ver a vida de cima.
A ética da vida é viver bem. Viver é olhar para frente e para traz.
É olhar a onde pisa e não pisar ninguém e se dar sem por preço.
É ver que não está só e demonstrar através de obras o bem que o amor faz,
Despir-se das ilusões, fantasias, da cobiça e ambição, já é um bom começo.
Ó mundo onde felicidade é sofrer! Escravos somos nós de conceitos e dogmas,
Lugar que o preconceito dita norma e o sacrifício dos sentimentos é normal.
Classificamos nossos ancestrais de criaturas rudes, de humanos sem forma,
De trogloditas, sem percebermos que só mudamos a carcaça em relação ao original.
Nos encontramos hoje, quando eu pensava que só nos encontraria um dia no infinito. Por qual razão nossos caminhos se cruzaram se nunca imaginei tua existência? Eterna pergunta a ser feita por tantos como nós: Por quê ?
Eu hoje digo meu caro amigo e recebo de ti um tratamento igual, mas tu imaginavas a minha existência, não e nem eu a tua.
Prazer em conhece-lo!Ouvindo o chamamdo para almoçar, estás servido!
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente