Pinto a vida
Imersa numa tela de palavras
Que soam aos ouvidos
Como melodiosa poesia
A vida tinge-se em muitos matizes
Há dias brandos com amarelo napoli
Outros escuros com gris-de-pane
Circunstâncias vis, clonam-se de vernizes
Que descascam ao sabor do tempo
Telas de natureza morta
São as dificuldades que nos batam à porta
Um jardim de Monet traduz-se
Na alegria sentida de um amor presente
Tantas faces distorcidas em obras
De Picasso... São vidas em fracasso
Ou existências ricas de felicidade mil
Poesia é alma de poeta
Que das palavras ser faz atleta
Pintura é alma de artista errante
Que do pincel se faz viajante
Poenise
© Todos os direitos reservados
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