OITAVA SOMBRA
ULTIMO FANTASMA
Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso,
Que te elevas da noite na orvalhada?
Tens a face nas sombras mergulhada...
Sobre as névoas te libras vaporoso...
Baixas do céu num vôo harmonioso!...
Quem és tu, bela e branca desposada?
Da laranjeira em flor a flor nevada
Cerca-te a fronte, 6 ser misterioso!...
Onde nos vimos nós?... Es doutra esfera?
És o ser que eu busquei do sul ao norte...
Por quem meu peito em sonhos desespera?...
Quem és tu? Quem és tu? - Es minha sorte!
És talvez o ideal que est’alma espera!
És a glória talvez! Talvez a morte!...
(Castro Alves)
Mais uma vez podemos notar uma conotação mística que revela um cunho ocultista muito presente na vida de Castro Alves , podemos ver que muitos dos conhecimentos obtidos pelo autor , provavelmente , têem origem em sociedades secretas ocultistas que datam sua época , mil oitocentos e tra-la-lá .
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