Inocência

A inocência se corrompeu, foi seduzida pela modernidade .
Barriga de nove meses de vergonha , se sentiu abandonada , de sua pureza sentiu saudades .
Dores do parto , não tinha ninguém, apenas ela, e o vazio no quarto
A bolsa estourou
Um sangramento incessante começou
A criança filho da modernidade, era grande demais para ela suportar
Começou a chorar como uma menina de quatorze anos
Quando percebe que é ilusão
A primeira paixão
Sangramento incessante , inocência transpirava palidez
Em seu último ato de lucidez
Forçou com toda sua vontade, a saída do seu rebento
A criança foi parida
Mais não respirava, não tinha vida
Devido a seu ato de desespero , sua força se desvaneceu
Inocência morreu
Nos céus Deus abaixou a cabeça, e uma lágrima dos seus olhos escorreu .

Lauson Silveira de Souza
 

Lauson Silveira
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