Desejar o indesejável,
Se fartar de melancolia,
Iludir-se de forma irracional
E acidentar-se na poesia.
Quem de nós nunca se deslumbrou?
Quem de nós nunca renunciou?
A imaginação se aflora.
O objeto nos desperta.
A realidade bate à porta
E entendemos a descoberta.
Uma carência múltipla
Nos contamina o ser.
A existência nos estimula
A nos auto-conhecer.
Entre passos e tropeços
Refazemos nossa jornada.
Indagações e questionamentos
Nos perturbam e nos alimentam
Em horas tão certas e outras erradas.
Tecer a obscuridade da alma
E se fartar de respostas prontas
Não nos fazem sábios ou tolos,
Não estamos em um faz de contas.
Viver em busca incessantemente
E se descobrir incansavelmente
É se rebuscar das verdades psicológicas
E se submeter plenamente às atitudes
Que substituirão as outras nostálgicas.
Imprescindível é o saber!
Mais ainda é saber viver
Neste jogo da vida
Onde teremos que vencer!...