Corpo e espírito
Os corpos loucos, alguns mal formados, como vida, mas loucos, e incompletos, como as viagens espaciais.
Os olhos são dos corpos, que se chocam um nos outros, nas esquinas da vida.
Corpos que não sabem o que querem, mas vão ao encontro do desconhecido.
Alguns corpos têm os bons olhos, tampados por lentes que não aliviam nada, são óculos, óculos leigos, firmes, mas não protegem o corpo, os olhos do pecado.
Ainda tem quem se ache um super corpo, mas morre como tudo morre.
Lábios, mãos, pés, carne, que contaminam o espírito, não deixam de serem corpos frios, corpos mortos, sozinhos, que embarcam para o desconhecido, dentro de um caixão que fede madeira podre.
E agora corpo perfeito?
Você não tem mais o seu oxigênio, e também perdeu o seu valor.
Lambe agora corpo, o barro, e beba o outro lado da vida, ou será da morte?
Há corpo que divide a saúde com os vícios, e sonha com o sucesso, e abandona o espírito.
Estamos todos mortos, corpo e alma, como a planta que não germina como o sol que foi pego pelo o eclipse.
Não corpo, chega!
Estou farto de ser a tua fonte de alimentação, você não merecedor, corpo bandido e vil!
E mais corpo, sabe aquele prometido?
Acabou! Você morrerá sozinho, viverá dentro do domínio da terra que o criou, corpo rebelde.
Não ficará em vão a sua moradia aqui corpo.
Quem te fez vai querer o resultado do se sucesso ou da sua derrota corpo.
Os seus passos corpo estão fracos, é a velhice que veio se estalar dentro do seu rebelde ser, corpo malcriado.
As rugas, os seus movimentos, tudo será cobrado corpo, até o que você não plantou.
A tua boca não falará mais que o necessário, pois, o teu medo romperá as correntes que prende o calor do medo.
As cores da tua beleza corpo iram ficar neutra, quando a velhice chegar.
Mesmo com tudo que você conquistou corpo, não será o bastante para lhe salvar da morte que vai lhe devorar, como as lavas que devoram a colheita. Não há coração neste momento corpo, pois ele não baterá mais que o suficiente na hora do pânico.
Os seus nervos lhe acoitaram a pele por baixo, como a fera faminta que arrasta a presa para comê-la.
Estarei vendo tudo isso corpo!
O lugar onde eu vou estar?
Você vai me ver, pois sou o espírito que abita em seu corpo.
Tom Farias

Eric Fall
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