Deus não é uno, nem único, nem onipotente, nem onisciente como ensinam e apregoam incondicionalmente as religiões. Aliás, são vários os deuses das religiões, (cada uma o descreve e suscita uma imagem de forma, natureza e eficiência bem diferente) assim como são várias as entidades religiosas e as instituições que abrigam crenças em nome de determinado deus. As ideologias que mantém a existência de certa deidade estão calcadas em princípios muito mais antropológicos do que propriamente em elementos naturais. A busca da sobrenaturalidade para explicar a existência de um ser supremo, na grande maioria das vezes não se baseia em elementos das leis universais (da física). Livros que servem como cartilha para as grandes religiões, se contradizem ao longo dos textos em virtude de não conterem um argumento compacto e lógico de acordo com as leis que demandam a física e os movimentos cósmicos.
Assim, deus é apenas uma ideia que envolve vários aspectos da natureza e, embora não tenham relação direta entre si, são embaralhadas e locupletadas com mitos e lendas.
As religiões, entretanto, passam a ser um instrumento de dominação. Quando suas ideias (facetas da religião) são propagadas e disseminadas por determinada comunidade passa a ser refém dela. Tornam-se súditos que obedecem incondicionalmente a determinado tirano, tornam-se subservientes às ideias e, consequentemente, aos deuses oriundos daquelas ideias.
JOEL DE SÁ
23/09/2009.