A brisa vem soprando de mansinho,
Neste frescor da tarde agonizante.
São restos de perfume no caminho,
São sinos que badalam bem distante.
Como a pluma suavíssima do arminho,
Delicada, sutil num vôo elegante.
Ela nos beija o rosto com carinho,
Na agonia da tarde bruxuleante.
Enquanto alegremente lá no céu,
Pequenos vagalumes vão brilhando,
Saudando a noite que se aproxima.
A brisa vai cantando, se despedindo,
Envolta na roupagem de seu véu,
Dando um adeus á tarde que termina.
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Jose Aparecido Botacini
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