“Meu pássaro”
 
 
 
 
O meu pássaro não é uma águia e também não é um falcão, não é uma ave de rapina tampouco a fênix da canção.
 
O meu pássaro é erudito, não diz nada sem razão, é tão belo e emotivo que supera qualquer coração.
 
O meu pássaro é ave rara, não quer poleiro, gaiola e nem um tipo de prisão, voa longe e volta sempre para casa, é o presente da estação.
 
O meu pássaro hipnotiza, com seu canto alegra o mais duro coração, cura todas as mazelas, seca a lágrima sem razão, é manhoso e não tem pressa, é somente inspiração.
 
O meu pássaro não tem rosto e não tem nome, não sabe mentir e nunca há de desistir, é feroz e companheiro, cuida com juízo de sua plantação.
 
O meu pássaro veio de longe solitário, era triste que dava dó, alegrou-se com o carinho, recuperou as forças de mansinho, é contagiante sua disposição.
 
O meu pássaro é viajado, já viu dor e muito sangue, já se viu em muitas batalhas, já venceu até a morte, sem saber se tinha sorte, continuou sua canção.