Amanheci...
amanheço...
e amanhecerei com vontade

e instigante alarde
e louco desejo
dos teus molhados beijos.

E um querer desenfreado
de, em ti, permanecer amalgamado
e um tolo anseio
de me (in)fartar em teus seios.

E mais uma poética aspiração
a engendrar o vulcão
que aprisionas entre as coxas
coberto com os teus ares de moça.

Donzela comportada, pudica, de família
que entre quatro paredes me humilha;
Faze-me um pecador

em constante posição de penitência
e pontiagudo feito um beija-flor,
o camarada diuturnamente a sorver tua dulcíssima essência.

30/01/2003

Curitiba