Pretendo tatuar flores de cerejeira em mim,
pra lembrar que a vida é efêmera,
distinta e passageira como a delicada flor.
Quando eu era mais nova, meu pai dizia:
"Preste atenção e faça as coisas direito!",
minha mãe até hoje é autoritária comigo.
Mas luto pra ser livre de sacrifícios,
pois não consigo os agradar mais e melhor.
Preciso morrer e renascer como a sakura,
secar no outono a minha mágoa,
minha auto-exigência, renovar a doçura...
Perdoe-me se sou alguém que sempre
se ressente e se desliga.
Isso, claro, se algo por mim você sente!
Espere mais um pouco, eu te rogo,
que estou como a árvore, mudando,
florescendo de rosa, de vermelho tingida
numa das primaveras dessa fragilidade
que é a vida...
Sakura : cerejeira japonesa!
Obrigada por me ler! Beijos, sabor cereja?
Brincadeira! Beijo para meus pais...
Elisa Gasparini
© Todos os direitos reservados
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