À humanidade trago antigos ares,
De um camponês sofrido
Pois desde sempre o olhar mais singelo
É o mesmo que reflete dos de hoje desprovidos.
Épocas distintas em estórias para contar,
Sobre horizontes vividos, angustia, aflição
Regresso minha alma a habitar
Nesta cova que despoja o coração.
Afiguram-se em semelhante luta
Pela vida à família, um lar, um alimento,
Pelo sonho uma conquista, vitória
Batem no peito como reluzentes fragmentos.
Desde o principio existiram pessoas assim,
Que trazem para si a vontade de vida,
Num sorriso uma força admirável, magnífica
Uma porção incondicional de esperança sem fim.
Mesmo com preocupações no simples viver
Por si só e pelas mãos de Deus
Sem saber se pela amanhã irão dizer
Homenagens em seu sepulcro: adeus.
Eliane Soldi
© Todos os direitos reservados
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