Déjà Vu

 

A chuva e o cinza do céu se espalha

dentro de casa o meu ar se acaba.

Ouvindo gritos não sei distinguir o que é certo, errado ou o que está por vir.

Os fragmentos se misturam.

O que vivo hoje, trás a sensação de já ter vivido.

Ruas que atravesso, vozes, pessoas e minhas próprias palavras

confundem o cenário que estou inserido.

O que ouvi ontem, fielmente ouvi anos atrás

palavra por palavra, gestos por gestos, como num filme reprisado.

Se estas marcas do passado tomarem conta de mim e de meu juízo

comprometerão meu futuro e de quem estiver comigo.

É estranho e assustador!

Previsão, vidência ou experiência real?

Não há provas sobre Universos Paralelos.

O que há então?

Tudo o que vejo segue um só pensamento.

Um raciocínio linear, e seu ponto de partida pode ser o norte ou o sul.

Só sei que o que há comigo é nada mais que...

...Déjà Vu

São Paulo, 15 de maio de 2009.

Carlos Eduardo Fajardo
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