Então ele chegou,
e era igualsinho a mim,
simples, inconsequente,
não como toda gente,
insolente, indiferente.
Juntos comessamos a brincar,
e ele alucinadamente ria,
gritava e pulava,
corria e corria,
as minhas mãos segurava,
buscando a felicidade no fim do mundo...
Rodopiando vagabundo,
deixando escapar demente,
o germinar da semente,
das suas emoções.
E mimicava uma careta,
mas que brincadeira mais besta,
não havia nenhuma rasão.
E pouco tempo depois,
não mais que de repente,
calou-se aquele anjo...
Que acalanto ao som dum banjo,
adormeceu como criança.
Pra despertar no dia seguinte,
como se fora vinte,
e comessar tudo de novo...
E mostrar praquele povo,
que tristemente vivia,
como deve ser contente,
numa ilusão que somente,
dentro dele existia.
Sartorato
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