“Ninguém”
Eu traço planos, não sou insano, quero um abraço para calar as vozes dolentes.
Eu tramo meu intento inocente, não quero pedidos clementes, queria mais que um amor envolvente.
Eu tranço seus cabelos, mas não os tenho em minhas mãos, graciosa manifestação vazia.
Eu trago seu pedido de misericórdia, tramóia insipiente que faz todo coração sepultar um amor.
Eu traio muito bem e não perdôo ninguém, insisto até matar minha alma perenal.
Eu trabalho de maneira incessante, procuro não ser insignificante, inserto está meu coração; orgulho, desilusão.
Eu transpiro enquanto sonho contigo, meu limiar de palavras é inexpressivo, ultraje apenas comigo.
Eu transmito em meu olhar tua sensação de dor, divina comédia que não passa; contagia.
Licença
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