Não me deixe

Deitado sobre solo

seco, algumas gotas

caem, sem o menor sentimento.

Eu apenas as sinto.

Saciada a sede,

espero a volta daquela

que prometera eternidade

ao meu lado.

Quero padecer...

O frio lá fora,

sei que pode sentir,

então, não hesite,

pela janela...

Somos apenas um,

por isso quero padecer.

Ao meu lado, somente a tristeza

deve pagar pelo que fez.

Sua imitação...

Seu fruto não me pertence.

Para mim voltará,

o inverno passará,

com ele minha melancolia.

Suas lembranças,

abraços e epitáfio,

Dá-me cabo,

Oh,agonia!

Pelo morro,

seremos amantes,

novamente pela natureza

aspirar a ventos uivantes.