Quando vi aquele rosto pálido
De olhar sem brilho
E aquele corpo esquálido,
Perguntei-me; que foi feito do orgulho?
 
Sim porque não havia a quem perguntar,
Só eu era testemunha do que via
Éramos eu e aquela triste figura,
Que outrora nos humilhava com seu jeito de olhar.
 
Agora vê-la tombada sob tortura,
Que poderia eu dizer-lhe para conforta-la,
Diante de mim morta viva estava a criatura
E eu não podia fazer o milagre de reergue-la
 
Um corpo corroído pela soberba,
Que pisava sem piedade, sem olhar a quem,
Só Deus possa ser que a perdoe e não se exacerba,
Mas só Ele o fará mais ninguém, Ele ou ninguém!
 
 
 
 
 
 
 
 

Pobre de quem se deixa contaminar pelo orgulho, vai diretamente para um poço sem fundo porque o peso da soberba é muito grande. Pouco vale nossa boa intenção para com o infeliz seduzido por tão vil pecado, só a Deus pertence arbritar tal destino,

Sob tremendo aguaceiro.