“Obrigado”
 
 
Obrigado por acreditar em minha frágil palavra, segurar minhas mãos enquanto o mundo lá fora era apenas uma risada, pouca magia.
 
Obrigado fora meu sentimento,quando precisei ouvir muito sermão, histórias mal contadas sobre minha vida, águas que nunca se tornam passadas.
 
Obrigado por tolerar a primeira lágrima derramada e por enxugar o mar que caia; murmúrios não dizem nada, olhar quieto extasia.
 
Obrigado percebo que continuam sendo meus passos, um caminho atravancado, não tenho espaço, os portões estão acorrentados, as frases também, arrasadas.
 
Obrigado pelo nosso primeiro abraço, mesmo que a gente nem podia, o beijo na praça foi o fio da navalha, correria.