Oh! Minha amada donzela
De tão inefável e singela
Deixe adentrar-me pela janela
E roubar esse extinto coração
E por mais que anseie, pudera
Ser o primeiro a pular a janela
Penetrar como quisera
Fazer-te conhecer no alvorecer
A verdadeira primavera
Mostre-me o caminho a seguir
Os obstáculos, espinhos, abismo
O que devo enfrentar
Só para no teu seio estar
Tirar o sossego do teu coração
E mostrar-te o fogo da paixão
No teu olhar vejo uma chama
Nunca fora despertada
Chama-me, chama-me minha amada
Deixa-me invadir tua madrugada
E ser o primeiro a dar sentido
A tua existência.
Penetrar de vagarzinho
Inundar-te de carinho
E no teu coração
Bem de mansinho
Despertar a chama da paixão.
E assim como um vulcão
Entrarás em erupção
Jorrando para fora de ti
A mais ardente paixão
Todos te olharão
E notarão no teu olhar
Um brilho intenso
De um amor imenso
Que desvirginou seu coração!
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