Acorrentado

E tudo pára!

Aqui amanhece um sol escuro e frio.
Outra vez recomeçará o mesmo dia
Manhã de semana e de medo
Ar frio, parecendo ser noite de inverno, fria
Se fazendo de hora toda a madrugada
Que não passa, não passa nada.
E tudo pára!

Noite sem fim, piedade!
É aquela sua foto escurecendo tudo por aqui
É apenas meio-dia em dezembro
Sem a qualidade desse amor, amando.
Indeciso se já não sei se você ainda chora
Ou se a roubaram de mim.
E ainda choro por você, sonho por você
E tudo, tudo pára.

E as noites são sem luz e calor,
Os dias escuros e frios.
São três e meia mas os olhos não conseguem ver,
Os dedos escrevem por ali e aqui
Um poema de outono falando de dor.

Se ao menos tocasse seus lábios de novo
A sua inocência me traria os dias que não contei, e os que ainda não foram.

E tudo pára,
Quando é dia e as estrelas intocáveis.
E tudo não passa,
Quando já é tarde e sonho com tua face cobrindo outra vez minha noite.

Noite sem fim, piedade