O fio de cabelo
que de tão liso não dá nó,
estará sempre guardado
como os pratos da vovó.
Como um dia lá me pediu
lhe farei com
muito gosto,
guardarei todos os seus versos
nas covinhas do meu rosto.
Versos magníficos
que nem o tempo apagará,
nessas horas são ouvidos
por Drummond e Alencar.
As páginas esperam
e a caneta dorme,
o homem sempre vai
mas um poeta nunca morre.
Gregory Barros
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