Esqueçam-se de mim trovões!
Torturado e esmagado estou sem piedade
Se a paixão desejada e aceita por mim
É uma dor silenciosa que não me abandona
Clamando sem parar o sabor daquele nome
Que tinha olhos pra ti e não para as tempestades
Então,
Esqueçam-se de mim trovões!
Desenganos já não são mais livres
Agora são reféns do silêncio aprisionador
Que não pode fugir em passos tímidos pelas ruas
Se não fosse a chuva interminável
Sem ao menos abdicar de tanta saudade
Por aquela ilusão que mais almejava na vida
Esqueçam-se de mim trovões!
Aqui mesmo no chão, cárceres de beijos antigos
Sem asas para ir roubá-los
Ouvindo apenas agora
O soar inútil e melódico de meu coração
Bem maiores que seus relampejos
É mais uma tempestade sem ti
Onde trovões revelam-me num canto escuro e frio
Escrevendo palavras não vistas pela madrugada
Que vai acabando junto a minha esperança
E a chuva traz lembranças cada vez mais fortes
A noite não passa sem que a saudade me fale de esquecimento,
Esqueçam-se de mim trovões,
Por favor!