Quero um dia diferente,
entregue ao bucolismo indolente...
Apagar da minha mente
hábitos urbanos,
chatices do cotidiano.
Espreguiçar-me ao balanço da rede
ou sobre a relva verde;
Desligar-me da tecnológica rede,
olhar o céu e viajar com as nuvens.
Hoje quero o dia assim;
contatado com a natureza,
desfrutando sua beleza.
Confabular com ninfas e duendes;
ser piegas, contrariar certos rumores,
rimar flores, cores com amores...
Usar clichês enfatizando o óbvio
e quando me cansar,
numa árvore qualquer descansar,
camuflada qual bicho-preguiça
que tudo vê, mas nada o atiça,
deixando a vida acontecer.
Hoje quero o dia assim...
Ser até meio egoísta
e morrer de amores por mim.
(Carmen Lúcia)
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