Eu escrevo poesias
como quem pinta quadros,
como quem faz partituras,
como quem sonha,
como quem ama,
como quem almeja consertar o mundo,
como quem deseja ser consertado,
como quem busca na entrada do túnel
a esperança de que no final dele
possa existir um pouco de luz também.
Escrevo poesia como quem reza,
como quem ora,
como quem ousa,
como quem persiste na idéia ousada
de não desistir da jornada.
Faço poesia como quem olha estrelas,
como quem admira os lagos,
como quem se entrega à brisa,
como quem observa a vida, debruçado
na janela da varanda da utopia...
Utopia redentora que permite
cada um ser o que não foi,
ser o que não é,
e assim num drible de mestre,
abraçar a felicidade dentro de alguns
momentos da sua vida.
Eu faço poesia como quem lê...
Eu não faço, eu me transformo em poesia
assim como aquela poesia que em mim
transforma-se a todo instante
numa linda, inspiradora e divina
fotossíntese.
EU, NA VERDADE FAÇO POESIA
COMO QUEM FAZ AMOR!
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