eu, tu , eles , em comunhão

 
 
Eu, eu dentro de meu egoísmo chato
maltrato, o meu eu , que eu que, sou
sou eu politizado ou alienado
disfarço o meu sentimento e ar remeço em
timidez

Que timidez do meu eu, que nada tenho
se não só a minha força de trabalho
a negociar com donos dessa produção
capital, que nega minha existência

a existência do meu eu , que não posso
ser mais eu , mais sim eles e tu
o mesmo eu, que sofre no coletivo
a falta de não ter , frutos do bem capital

o meu eu só tens a dor de sofrer
no meu eu , a jura de amor
quem sabe, que meu quintal nasça uma
roseira, e essa roseira irei ti oferta
a primavera

mais canto uma canção que fale
de amor pra ti
mais esse amor será um amor
em outra primavera

porque o meu eu quer presenteara
com uma nova comunhão
a onde eu você , tu , ele
nos todos seremos de fato a própria comunhão

o meu eu não terá mais opressão
e tão menos o eu e sim
nos vos eles e tu
numa só primavera

então continuo hoje sendo
somente eu , mais pensando no plural
e construindo a cada dia o amor
naquele e que será o embrião

da primavera , sim e aí irei
fazer juras de amor pra você
só você uma plenitude de vida
num vestido na cor
vermelha é claro!
 

são paulo

wilson ribeiro da silva
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