Viste como choveu?
E o céu ainda não clareou
Do alto, olho-te
Esta é minha reação
Em momentos de solidão
Comportamentos extremos
Cada gota de chuva corresponde a uma lágrima
Tem peso, machuca-me...
Como granizo
Em mim não há mais sorriso
Nesses momentos que estou só
Respiro fundo
Uma força de vento...
Uivos
Meu sopro
Faço tudo para lembrares-se de mim
Só para ter sua atenção
Coisas da solidão
Daqui de cima congelo
Preciso do seu fogo
Ser queimado
Incendiado...
Aqui nada desfruto
Deve ser por isso que estou mudo
Não falo
Não tens idéia de meu sofrimento
Da minha transmutação
Do meu desequilíbrio
Expliquei, mas nada posso fazer
Só declarar
Como sempre fiz
Parece que a chuva não ajudou a brotar
Parece que afogou a rosa que tanto cuidei
Não é este fim que quero!
Quero cultivá-la sempre!
Cuidá-la
Amá-la como sempre amei
Nada esquecerei
Sempre que permitir
Regarei
NOVA FRIBURGO - RJ
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Distribua-o sob essa mesma licença