Desde de pequeno que frequento a igreja,
Muitos nela se reúnem, lá muito se deseja,
O padre vento com sermões de embalar,
Por vezes violento na sua forma de chamar.
Chama a atenção, muitas vezes chamado vilão,
Por sem aviso levar as colheitas da estação;
E quando vem de manso nas noites de verão,
A refrescar a pele sofrida, do dia, do escaldão.
Ele nos leva a fadiga e o rancor do coração,
Abre-nos ao sol que brilha, o pai desde então;
As árvores e o frutos são a reencarnação,
Fruto que nelas nascem, são para mim lição.
A terra é nosso mar, somos o isco e o anzol,
Ela nos alimenta, e nós a temos que alimentar,
Por isso morremos, para lá caminho a sonhar,
Sou religioso e a minha igreja sempre foi ao sol.