Era uma vez um poeta
Que mais que perfeito não fora
Imperfeito eu também não dizia
Pois pensando e passado pra fora
A agora confusa ordem dos dias
(Tanto os que houveram passado
Quanto os que iam passando
E ainda os que quase já são)
Perde-se... Encontrou-se errando
Às vezes as vezes de conjugar...
Contudo está a acertar
O tempo das vozes velozes da alma
As quais mal vieram daqui a instantes
Podendo vir ontem de novo, com calma
Uma vez que andam por aí... Correram
Uma voz que não está aqui... Romperam
Confundirão o quando das coisas
Estiveram até amanhã por perto,
Buscado o silêncio de ontem
Quando trariam o tempo mais certo
Enquanto que eram o que serão
Hoje de novo novo e são
Ah se souberam... Vão se lembrar
Que o tempo que era passado em presente
Foi fruto do que seriam felizes, depois de já,
Na vez que virá, para sempre.