Minha loucura me leva a bravuras
que a sã consciência
e a tímida prudência
não me permitiriam levar...
Dizer o que penso,
revelar como sou,
livre de consenso,
da moral que pesou...
Minha momentânea insanidade
é meu evangelho de verdades...
Impulsos não reprimidos,
reprimindo inverdades.
Esses discursos inflamados
traduzem meu verbo, meu outro lado...
Então me retrato... corpo, alma e mente,
conjugados em comunhão estridente
contando tudo o que sentem...
Quando me recato, desacato
a identidade, a vontade e a sede de falar...
Por fora me calo, sóbria insensatez...
Por dentro me violento...insensata lucidez.
(Carmen Lúcia)
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