Sangra, agora, seu coração...
Mudo, destroçado, descompassado.
Quer bramir um verso,
despertar a emoção...
Mas cala-se ante o gemido que brota
confirmando a triste derrota.
Sangrando assim, não é capaz...
Sangrando assim, seu verso jaz.
Outrora voava com a fantasia,
som de violino em feitio de poesia,
seus versos percorriam céus e terras...
Era o amor indo ao encontro de almas vazias.
Pisotearam o poeta, tiraram-lhe a visão,
Rasgaram os seus versos, escarraram suas rimas...
Amores perversos, almas desumanas,
maldade imbuída na mente humana...
Hoje, um farrapo vagueia pelas esquinas,
um resto de inspiração o incita à nova vida...
E tateia as emoções pelos cantos, perdidas,
restaurando seus versos, resgatando suas rimas...
Esculpindo sua alma...Um verdadeiro artista!
(Carmen Lúcia)
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele