( À Rose, mulher e amor de minha vida )
Eu queria te encantar com minhas palavras
na primeira vez que eu te vi...
e te provar que era das emoções,
a maior de todas que eu vivi.
Eu queria dizer do tempo que esperei,
para finalmente encontrar-te ali...
mas fiquei tão perplexo diante de tua beleza,
que simplesmente emudeci...
Eu queria envolver-te com o meu olhar,
e fazer ouvir meu coração a palpitar...
mas o silêncio disse tudo por mim,
e a multidão sequer se fez notar.
Éramos nós dois num turbilhão de sonhos;
eu vinha triste e fiquei risonho...
tu vinhas só e preencheu meu mundo,
pois eras tudo que eu mais queria
E esse amor veio num crescendo,
de forma tal que foi me envolvendo...
que hoje já nem quem sou,
principalmente quando contigo estou.
Porque nos fundimos num só pensamento,
e nos perdemos num só desejo...
que meus lábios sentem o gosto dos teus beijos,
até mesmo sem tocar tua boca...
E acende assim uma paixão tão louca,
que parece que toda entrega é pouca...
e que por mais que eu tente nunca consigo,
explicar esse amor que trago comigo...
[Por você que eu quis encantar um dia...
e que acabou por me encantar a revelia,
de toda a razão que eu possa ter da vida]
Por isso hoje me entrego a esse amor suicida;
que não me tira mas, me traz à vida.
Anélio “Rodrigo Di Freitas”
11-02-2005