Descobrir que minha prisão sempre foi meu corpo,
Sim, meu corpo era arma da luxúria,
Meu corpo era instrumento da promiscuidade,
Essa prisão sempre foi matéria feita Hades...
 
Minha prisão estava em minhas palavras,
Estava impregnada na minha mente,
Manchava com sangue minha existência
Essa prisão sempre foi matéria feita Seol...
 
Minha prisão era de segunda a segunda,
De noite a noite, de dia a dia
De horas a horas, de frames a frames
Essa prisão sempre foi matéria da eternidade...
 
Minha prisão era um templo profanado,
Uma dicotomia de sentidos,
Uma alegria transitória,
Essa prisão sempre foi matéria da morte...
 
Minha prisão era meu corpo,
Era minha alma,
Era meu espírito,
Essa prisão sempre foi matéria da minha ignorância!
 
Agora grito: Liberdade (JC)!
 

em Borba, Amazonas, 04 de maio de 2008, às 19h23, preso na minha intolerância...

Borba, Amazonas, 04 de maio de 2008, às 19h23

MARCELO AMORIM
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