Tiro

Essa noite tomei um tiro
Tiro certo,tiro raro
Daqueles que atravessam a alma
E deixam o poeta alienado.

A amada não se vai,continua
E o tiro certo me fez prisioneiro
Num cativeiro de paixão e mistério
O poeta se entrega.

Um alvo e um coração,
Uma sentença,uma ilusão.
Tudo fica mudo,tudo gira.
 
O poeta dorme,o poeta sonha
A  amada dorme prisioneira
Tão bela e solitária,inconsolável.

Que este teu sono profundo 
Te desperte e te faça refém 
Do meu insano e violento amor

Não menos ardente,nem mais morno
As marcas ficarão mas em teus olhos
Haverá brilho e esperança minha amada.