Sim, fui louca...
De pedra, insana... Quase profana,
Soltei a voz, bradei e fiquei rouca
Gritei o amor guardado, desvairado e cego,
Até ouvir o grito de meu próprio eco
Ao retornar vencido por teu ego,
Armadura dessa tua alma fria
Que escarnece, que desguarnece
A minha alma que está tão vazia!
Sim, fui louca...
Acreditei mesmo sem ter nada em troca
Uma loucura sã, que em nada voga,
Não é nociva, somente a mim própria,
Onde a ternura loucamente consternada,
Repudiada... Mesmo assim se submete...
Ainda que ameaçada e amordaçada...
Até que a loucura latente se manifeste
E profane o sentimento nobre que por ora veste.
Carmen Lúcia
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