Se eu fosse o mar azul
A povoar os sonhos daqueles que,
Em momentos de vazio,
Em horas de frio,
Buscam suas ondas
Nos recantos da imaginação,
Ainda que nunca as tenhas visto,
Ainda que estejam elas
Distantes do coração,
Aí eu não precisaria dizer nada.
Aí, por certo,
Eu esteria bem perto,
As pallavras de meu silêncio
Seriam então escutadas.

Não.Não sou o mar azul,Infinito,
Completo por si só.
Minhas areias necessitam do vento
Para se moverem em forma de pó,
Como uma praia ou um deserto,
Ou, quem sabe, a terra de uma plantação
Depois que é feita
A colheita.

Aos olhos que a mim se dirigem,
Sinceros, buscando lá dentro a visão,
Dou minha resposta sempre afirmativa
Em palavras muito vivas -
Dou meu sim, não meu não.

Yarqon
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