QUANDO TU BAILAS!


 
O teu corpo a bailar na minha frente
Tal um vulto de etérea consistência,
Emudecido me deixou, inconsciente,
Inapto em minha inerte competência!
 
Também dera! Os teus dotes visuais
Estatelam o mais forte dos viventes!
Eu que sou o mais fraco dos mortais
Suportei, por demais, como dolente!
 
Eu não tenho pretensões, e basta que
Eu seja só esse pó que a terra embala
A amaciar os teus passos! Quero ser
 
A brisa leve que se alinha ao tocá-la,
E conforta-me a razão do meu viver:
Poder ver o teu bailado e, até, fitá-la!   
 
Autor: José Rosendo