LEDO ENGANO!

Minha vida era vazia e sem sentido
A despeito de vivê-la intensamente
Ao meu modo, e pensava ter vivido
As maiores aventuras, docemente!

Encontrei os momentos que eu quis
Conhecer, e também pude desfrutar
Das benesses boêmias, porque fiz
Do meu mundo um eterno “vai que dá”!

Mas na vida o que é doce se acaba,
Dando vez ao malvisto desengano,
E o gigante que é forte, assim desaba!

O fortuito frio apaga falsos planos:
Eu notei que meu chapéu não tinha aba,
A ventura foi somente um ledo engano!

Autor: José Rosendo