A saudade é este estado autoritário
a nos impor comportamentos contrários
aos ditados convencionais;
faz da gente um ilusionista
com duplas imagens nas vistas
e transforma as madrugadas em tardes outonais.
O amor é esta condição aleatória
que nos deixa fora de órbita
com estranhos ares de marcianos;
Só o ser que vive um amor desmedido
tem a sensibilidade de se ver abduzido
a um estágio além do cotidiano.
A esperança, para alguns, é tênue linha
por que vagarosamente, quase oculto, caminha
o amor sem correspondência;
Todavia, para os amantes, é larga avenida,
ponte, conexão ininterrupta e lírica
que mantém saudade e amor numa só cadência.
21/06/2006
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