A estradinha molhada pelo orvalho da madrugada, parecia feliz quando por ela você passava. Parecia envaidecida, se esmerava para enfeitar com flores a vida da minha amada. Era assim o ano inteiro de janeiro a junho, de julho a fevereiro. Quando você ia de manhã para a escola e no final do dia para a casa você voltava. O tempo passou, a estradinha continua lá, não é mais como era antes, me lembro quando você foi embora, foi no mês de agosto. Lágrimas que escorriam do meu rosto molharam o chão, as flores colhidas no caminho enfeitam a sua morada que fica do lado esquerdo do grande portão.
Não há vida, só o oposto, não há choro nem desespero, só a saudade, as lembranças e a falta do calor dos seus beijos que se foram no mesmo instante em que a luz dos seus olhos foi embora.
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