Desde que nasci, gritando ao relento

Nada nunca veio em meu caminho para confortar

Tudo sempre ocorreu como fatídicas ilusões

E ao pó me entreguei

 

Como quimeras e monstros

Passei a me enxergar

Não me pareço mais comigo

No espelho, vejo meus restos mortais ainda vivos

 

Do pó surgimos e ao pó voltaremos

Mas ao traga-lo encontro o elixir da subvida

Mundano vinho negro que devasta

 

Lúgubre caminho travestido de decepções

Alheio à vontade alheia

Sujeito ao derradeiro rigor mortis

 

Saindo da caverna do colossal inferno

Caindo na espiral do sofrimento eterno

Por simples e próprio prazer