Quando jovem e poeta e sozinho
Queria muito uma namoradinha.
Um amigo me apresentou uma moça
Meiga, doce e lindinha.
Apaxonei-me como todo bom poeta
Tem costume, perdidamente.
Então parti pra sonhada conquista.
Só que não saiu como pensei exatamente.
Querendo conquista-la fui em frente.
Conquistei o carrancudo pai dela,
A mãe me chamava de genro.
Até os irmãos me queriam com ela.
O cão da casa pulava de alegria
O papagaio da casa aprendeu falar Will.
Todos me queriam lá todo dia.
E meu coração estava a mil.
Mas como em vida tudo é hilário.
Surgiu um oponente, amor antigo.
E daí em diante, fiquei secundário.
Tornei-me dela só bom amigo.
Ela com ele acabou casando.
Foi uma ótima conquista,
do cão ao papagaio me amando.
Mas acabei rodando na pista.
Fim