SONETO À CIDADE DE SOLEDADE
Ialmar Pio Schneider
Terra bendita dos meus verdes madrigais,
lugar em que vivi parte da mocidade,
hoje ao te recordar, sinto imensa saudade
daquele tempo bom que não retorna mais !...
Terra gloriosa dos heróicos ancestrais,
oh! bela e sobranceira e nobre Soledade,
berço de amor, de sol e de hospitalidade,
surgem do teu regaço os mais ricos cristais !
Cidade acolhedora, o bem-querer impera
em tuas praças e ruas p’ra quem chegou
ao teu aconchego onde a ingratidão não cresce...
Teu clima será sempre eterna primavera
e quem te conheceu e depois não voltou,
por certo sofrerá, pois nunca mais te esquece !
Canoas (RS), 29.04.1984