Atena mulher, matizes de luz.

Efêmera ária de som inaudível.

Agreste perfume canção que seduz,

A alma imortal de amor impossível.


Plutão a reinar em solo profundo,

Frígida brisa do mar de Netuno.

Vulcano aquecendo a frieza do mundo;

Orfeu a cantar seu hino noturno.


Beleza de Apolo, silêncio cortante,

Sabor agridoce de uva esmagada;

Deleita Dionísio, sonho delirante,

Olhar de felina mirando a manada.


Ninfa dourada a cravar em meu peito,

Adaga gelada tal águas do Egeu,

Sereia do Nilo deitada no leito,

Tortura de Zeus ao Herói Prometeu.


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