A cineasta Petra Costa, com seu olhar vital, descreve de forma revolucionária como o “povo” assistiu a ascensão e aniquilação das estruturas sociopolíticas da nação Brasil. Petra entrelaçou poesia e fatos, apresentando um Brasil dos bastidores, trazendo a história dos vencidos, dos “bestializados” diante dos processos.
As memórias pessoais de Petra conectam com as histórias de homens e mulheres que acreditam no Brasil para todos os brasileiros, rompendo com a polarização, com a corrupção, com o abuso de poder, com os golpes.
Em poemas e versos, a descrição de um Brasil de dentro para fora, uma versão sem estereótipos, uma narrativa que bulira o etnocentrismo e exila a bestialização.
Somos filhos de Arabutã, descendentes de índios, nossa mãe é a natureza, a nossa essência brilha diante do sol do novo mundo. As revoluções condensam a nossa história, quantos homens exilados pela ditadura, múltiplos segredos abafados pela Revolução de 30, a morte de inúmeros pensadores pela negligência sociocultural.
“Democracia em Vertigem” é um grito de esperança em meio às crises. É o desejo individual de Petra ganhando voz na coletividade de uma nação que objetiva viver a dignidade.
Não é o fim! Tudo é assustador... Petra apresenta o nosso Brasil e suas rachaduras profundas, fruto da corrupção e da traição. É triste, entretanto, o drama de Petra é também o nosso drama, mergulhar na sua história é uma oportunidade para compreendermos os acontecimentos.
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