Alça teus voos aos céus cor de chumbo,cinzentos e
mesclados com cores de sangue ao entardecer,quando o sol
solitário se despede da terra,e o manto da noite gelada e silenciosa
cobre nossas agonias e solidões profundas.
Quando desceres no teu voo razante,com tuas asas negras feito
adagas afiadas e cortantes,gasga essa noite maldita de um silâncio
pertubador,que cobrindo a terra como um véu negro de viúvas,deita sobre
a necrópole cinzenta morada eterna dos mortos,e velarás como um sentinela dos malditos
o sono dos mortos-vivos.
Entoe teu canto triste,quase um murmúrio fúnebre que se dissipa
meio a friagem e a névoa densa que vagarosamente visita esse cemitério
no meio da nada;do nada da importância dos vivos,porque lá fora a cidade continua
viva correndo pra lugar nenhum.
Pouse suavemente como os sóis pousam ao entardecer,as
colinas distântes da terra,a cabeceira dos sepúlcros,e nas lápides de
datas e e nomes antigos que não conheci...descansa
nessa noite quase sem fim.
Corvo negro
Corvo negro
Corvo negro...mais uma noite frienta,suja,passeio sobre a
terra dos sepultados,buscando migalhas,e vermes nojentos pra me alimentar
E solitário vou me ocultar nessa noite sombria,onde de quando em quando,a lua no céu
aparece pra mim revelar...tal qual um olho descarnado a obeservar a
terra dos infelizes,ela me olha misturado as agrúrias e as
chagas dessa terra desgraçada.
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