Velho Homem

 

Próximo a meio século de idade
Aprendo ter nascido no meio da História
De onde se criaram tantos mistérios
Indecifráveis como as partículas diante dos meus olhos
 
Talvez por isso duvide tanto
Se minha exclusividade o futuro nem chegue a anotar
Por isso indago-me a contar milênios
Que chegam a atrapalhar meus injustos conceitos
 
Infinita incompreensão
Assim as certezas nem poderiam ser exatas
Talvez se escutassem as estrelas e suas lembranças
Revigoraríamos o brilho em nossos olhos a cada esperança
 
Apenas um Velho Homem pode nos apontar o caminho
Todos seremos poeiras e as teorias seguindo
Destas que fazem a História não perder a magia
De abrir a mente a um novo pensamento a cada dia
 
Seremos sempre crianças encarando o Universo
Brilho que varrera todos os pequenos pré-conceitos
Eternizar o prazer pela vida intensa já esquecida
E buscarmos em outros enganos apenas finita sabedoria.